A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta sexta-feira (8), operação para desarticular uma quadrilha suspeita de atacar bancos na região metropolitana de Porto Alegre agindo sempre da mesma forma: usando informações privilegiadas, o grupo invade prédios ao lado das agências, quebra paredes já previamente escolhidas, entra nos estabelecimentos e abre os cofres para levar o dinheiro.
Ao todo, 29 agentes da Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) cumpriram, nesta manhã, quatro mandados de prisão preventiva e cinco de buscas na Capital e em Cachoeirinha. Até as 7h15min, dois suspeitos haviam sido presos.
O delegado João Paulo de Abreu, responsável pela investigação de mais de um ano e cinco meses, afirmou que três homens já haviam sido presos anteriormente e outros quatro foram identificados ao longo da investigação.
O grupo teria atacado mais de cinco agências, mas passou a ser alvo da polícia após um ataque ao banco Santander da Avenida Eduardo Prado, na Zona Sul de Porto Alegre, em setembro de 2017. Um dia após o crime, três homens foram presos pela Brigada Militar (BM) no bairro Mario Quintana, na Zona Norte, com R$ 112 mil levados da agência.
O delegado não está divulgando os nomes dos presos pelo fato de que a investigação continua. Abreu não descarta o envolvimento de mais integrantes do grupo, que ainda estão sendo identificados. No entanto, revela que todos os detidos têm vários antecedentes criminais.
— Chama atenção que todos têm o mesmo antecedente e que configura a forma de agirem. Ou seja, eles vão responder e já respondem por vários delitos de furto qualificado mediante rompimento de obstáculo. Neste caso, buraco em parede de banco e corte de cofre bancário — explica Abreu.
A polícia diz que os outros antecedentes criminais dos presos são lesão corporal, receptação de veículos roubados, furto a estabelecimento comercial, porte ilegal de arma e munição, furto de veículos, entre outros.
Conforme o delegado, o grupo invade prédios desocupados, salas comerciais ou comércios antes de ingressar nos bancos. Além disso, eles se especializaram em abrir cofres e está sendo apurado como obtêm as informações privilegiadas.
Em relação ao ataque à agência do Santander, os criminosos levaram mais de R$ 300 mil. Em um dos outros quatro casos investigados, eles teriam levado R$ 1 milhão de um banco na Zona Norte da Capital, em 2016.