Dois agentes penitenciários tiveram os bens bloqueados por decisão da 1ª Vara Cível de Taquara, no Vale do Paranhana, a pedido da Procuradoria-Geral do Estado (PGE). A decisão é do começo do mês, mas só foi divulgada nesta terça-feira (12). A ação de improbidade administrativa proposta pela PGE visa a reparação de danos ao erário. Eles são investigados desde 2014.
Em 2014, uma operação do Ministério Público (MP) identificou um esquema de corrupção dentro do Presídio Estadual de Taquara. A fraude seria intermediada pelos agentes Evandro Oliveira Teixeira, na época diretor da casa prisional, e Marcelo Alexandre Ribeiro Carvalho, que era chefe de segurança da prisão, além de um detento do regime aberto, também preso na operação. Os dois agentes estão afastados dos cargos e respondem em liberdade.
De acordo com a investigação, para permanecer no presídio de Taquara, presos tinham de pagar para os agentes. Caso contrário, eram encaminhados a outras casas prisionais. Os investigados valiam-se de uma decisão judicial de interdição parcial da prisão que estabelecia um número máximo de detentos que poderiam permanecer ali encarcerados. Superado esse limite, o excedente deveria ser transferido para outras casas prisionais do Estado.
Também houve, segundo o MP, desvio de verba de convênios com entidades públicas e prefeituras, exploração de detentos, entre os outros crimes.
O advogado Fábio Adams, que defende o agente Marcelo Alexandre Ribeiro Carvalho disse que ainda não foi notificado e irá se manifestar somente após ter conhecimento da decisão. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Evandro Oliveira Teixeira.