Pelo menos cinco pessoas suspeitas de envolvimento nos assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, ocorridos em março do ano passado, foram presas nesta terça-feira (22) no Rio de Janeiro. Desde o começo da manhã, uma força-tarefa da Polícia Civil e do Ministério Público do Estado tenta cumprir 13 mandados de prisão contra milicianos que atuam na zona oeste da capital fluminense e que são acusados de grilagem de terras.
Entre os detidos estão um major da Polícia Militar e dois ex-PMs. Segundo o jornal O Globo, eles foram identificados como sendo o major Ronald Paulo Alves Pereira, o ex-capitão Adriano Magalhães da Nóbrega e o subtenente reformado Maurício Silva da Costa.
Em dezembro passado, o general Richard Nunes, então secretário estadual de Segurança Pública do Rio, afirmou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo que milicianos ligados à grilagem de terras e que atuam na zona oeste do Rio haviam ordenado a morte da vereadora.
A ação desta terça-feira mira no grupo que atua em Rio das Pedras, considerado o mais perigoso do Rio, mas os agentes estiveram também em outros endereços da Zona Oeste, como Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Vargem Grande e Vargem Pequena. A milícia investigada seria responsável pela exploração ilegal do ramo imobiliário, mas haveria um "braço armado" especializado em assassinatos por encomenda.