Foi preso em São Carlos (SP), nesta sexta-feira (14), o suspeito de ter assassinado a turista gaúcha Fabiane Fernandes, de 30 anos, encontrada morta em uma trilha em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pelo delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Marcos Flávio Ghizoni, mas a identidade do homem ainda não foi divulgada pelas autoridades paulistas. As informações são do NSC Total.
Relembre o caso
Natural de Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana, Fabiane administrava a pousada da família na Praia dos Ingleses, em Florianópolis (SC), onde morava com a mãe e o filho, de nove anos. O laudo pericial, que esclarecerá detalhes importantes do assassinato, deve ficar pronto no mês de dezembro.
GaúchaZH reúne abaixo série de pontos sobre o crime conhecidos pela polícia e alguns que ainda não foram esclarecidos.
O que a gaúcha estava fazendo em Arraial do Cabo?
Fabiane estava na cidade da Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, desde 15 de novembro, onde pretendia curtir o feriadão da Proclamação da República. Ela viajou sozinha para encontrar um amigo.
Qual foi a última vez em que ela foi vista?
Em 18 de novembro, a câmera de segurança de uma loja de conveniência registrou Fabiane tomando café. Ela aparece usando boné, tranquila e digitando no celular. Depois de entrar em uma trilha, a última pista deixada pela administradora foi uma foto publicada nas redes sociais, identificando o local como Atalaia. Segundo os bombeiros, isso mostra que Fabiane desconhecia a região, já que ela estaria na trilha da Prainha.
Quem avisou a polícia sobre o desaparecimento da administradora?
O amigo com o qual Fabiane se encontraria informou a polícia sobre o desaparecimento. O homem, segundo a Polícia Civil, é gaúcho, morador de Porto Alegre e tem negócios na Região dos Lagos.
Quando e onde o corpo foi encontrado?
O corpo de Fabiane foi encontrado pelos bombeiros por volta das 15h de quarta-feira (21), na trilha do Morro da Cabocla. Foram três dias de buscas na região até que a encontrassem morta em meio a arbustos, a 30 metros da rota da trilha, nua e com os pertences ao lado.
Como ela foi assassinada?
De acordo com o Instituto Médico-Legal (IML) de Araruama (RJ), Fabiane tinha sinais de golpes na cabeça e no rosto, além de vestígios de violência sexual.
A suspeita é de que ela tenha sido atingida por uma pedra e morrido no mesmo dia em que acessou a trilha. A polícia fluminense não deu detalhes sobre as agressões, pois aguarda o laudo pericial, que deve ficar pronto em dezembro.
Qual a linha de investigação da Polícia Civil?
O delegado responsável pelo caso, Renato Mariano, titular da 132ª Delegacia de Polícia de Arraial do Cabo, não descarta o crime de latrocínio (roubo com morte). Mariano afirma que, por mais que o celular tenha sido encontrado ao lado do corpo, a carteira da vítima estava vazia.
Ela foi vítima de crime sexual?
O laudo cadavérico preliminar realizado pelo Instituto Médico Legal (IML) de Araruama (RJ) afirma que Fabiane foi vítima de violência sexual antes de ser assassinada. O delegado geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Marcos Ghizoni, afirmou que ainda não é possível saber a circunstância do crime e qual foi o abuso cometido.