Se o Rio Grande do Sul seguir o caminho que vem trilhando na área da segurança pública, em breve, será modelo para o Brasil. A previsão é do secretário Cezar Schirmer, que concedeu entrevista ao Gaucha Atualidade nesta sexta-feira (28).
— Deixamos pronta uma estratégia de segurança pública para os próximos 10 anos. Se (o próximo governo) seguir as coisas que estão sendo feitas, se continuar este ritmo, em dois anos o Rio Grande do Sul pode ser referência em segurança pública para o Brasil — afirmou.
Schirmer avaliou os 27 meses em que ficou à frente da secretaria e citou o avanço que o governo conseguiu no uso de câmeras de vigilância – que hoje envolvem 150 municípios gaúchos. Ele também lembrou da criação da força gaucha de pronta resposta e a lei de incentivo que permite redução de ICMS para bens doados à área da segurança pública.
— Não tem mágica, não tem milagre. É impossível você resolver problema de décadas do dia para a noite. O que importa é o caminho, é o rumo. Neste ponto de vista, eu estou satisfeito. O atual governo avançou muito nessas questões. Trabalhamos muito a integração, inteligência, tecnologia e inovação — avaliou Schirmer.
O secretário também comentou o trabalho realizado na área prisional. De acordo com ele, o governo do Estado criou 8.026 vagas nos últimos quatro anos e também deixou projetos em andamento para novos presídios em Sapucaia do Sul, Alegrete e Bento Gonçalves.
— Se não tivesse aumentado o número de presos entre o que tinha no começo do nosso governo, que era 29 mil, e hoje, que tem 42 mil, nós teríamos zerado o problema da falta de vagas. Mas obviamente tínhamos a questão: ou para de prender ou continua prendendo. Mas daí o deficit, embora reduzindo, continua existindo. A opção correta foi continuar prendendo — comentou Schirmer.
A maior dificuldade, na avaliação dele, é combater o tráfico de drogas. Segundo o secretário, pesquisas apontam que 85% dos homicídios cometidos no Brasil estão relacionados com o consumo ou tráfico de drogas.