O padre responsável pela comunicação da Arquidiocese de Campinas, Antônio Alves, afirmou em entrevista ao programa Estúdio Gaúcha que a catedral onde aconteceu o atentado que vitimou quatro pessoas costuma ser frequentada para descanso no horário em que aconteceu o crime. De acordo com Antônio, os fiéis que vão ao local são trabalhadores do centro comercial da cidade, onde fica a igreja.
— É comum que as pessoas, que vão ali para descansar, aproveitem a hora de almoço de 15, 20 minutos e se dirijam até a Catedral. Lá elas encontram silêncio, alguma paz, serenidade. Eu nunca imaginava que uma igreja seria vítima de um atirador — afirmou Alves.
A Catedral deverá reabrir no início da tarde desta quarta-feira, segundo Alves. Nesta terça-feira, foram encerrados os trabalhos da perícia e recolhidos os corpos das vítimas. Ainda existe muito sangue no local, o que levou a prefeitura da cidade a fazer uma limpeza.
— Na medida do possível, nós pedimos para que volte a normalidade. Para que a igreja continue sendo um lugar de paz e tranquilidade para que a pessoa possa sossegar do mundo — declarou.
O homem que matou pelo menos quatro pessoas em uma igreja em Campinas, São Paulo, e cometeu suicídio em seguida, nesta terça-feira (11), foi identificado pela Polícia Civil como Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos.
O delegado Hamilton Caviola, que cuida do caso, afirmou que o atirador teria entrado na igreja, sentado em um banco e, depois de alguns minutos, iniciado os disparos. Na hora do ataque, houve corre-corre no centro da cidade, principalmente na rua 13 de Maio, uma das mais movimentadas do comércio local.
O autor dos disparos usou uma pistola calibre 9 mm — de uso restrito — e um revólver calibre 38. Em nota, a prefeitura da cidade informou que uma das vítimas foi encaminhada ao Hospital Beneficência Portuguesa em estado regular e outra ao Hospital de Clínicas da Unicamp. Outros dois feridos foram levados ao Hospital Municipal Dr. Mario Gatti: uma mulher de 65 anos em estado regular e um homem de 85 anos que se encontra no centro cirúrgico em estado grave.