O homem que matou pelo menos quatro pessoas em uma igreja em Campinas, São Paulo, e cometeu suicídio em seguida, nesta terça-feira (11), foi identificado pela Polícia Civil como Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos. A carteira nacional de habilitação (CNH) do atirador, registrada em Valinhos, foi exibida durante coletiva de imprensa improvisada pelas autoridades nas proximidades do local do crime.
De acordo com o comandante do 8º Batalhão em Campinas, major Adriano Augusto, em entrevista à GloboNews, policiais entraram na catedral após ouvir os disparos e atingiram o atirador, que caiu. Em seguida, o homem teria atirado contra a própria cabeça. Outras quatro pessoas ficaram feridas na investida criminosa.
A ação
O delegado Hamilton Caviola, que cuida do caso, afirmou que o atirador teria entrado na igreja, sentado em um banco e, depois de alguns minutos, iniciado os disparos. Na hora do ataque, houve corre-corre no centro da cidade, principalmente na rua 13 de Maio, uma das mais movimentadas do comércio local.
O autor dos disparos usou uma pistola calibre 9 mm — de uso restrito — e um revólver calibre 38. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e socorreu os feridos para hospitais de Campinas.
Em nota, a prefeitura da cidade informou que uma das vítimas foi encaminhada ao Hospital Beneficência Portuguesa em estado regular e outra ao Hospital de Clínicas da Unicamp. Outros dois feridos foram levados ao Hospital Municipal Dr. Mario Gatti: uma mulher de 65 anos em estado regular e um homem de 85 anos que se encontra no centro cirúrgico em estado grave.
Na hora dos disparos, a polícia estava mobilizada para um roubo a banco no centro de Campinas e várias viaturas foram mobilizadas para cercar a região.
Um guarda municipal que atendeu a ocorrência disse, em entrevista à GloboNews, que a cena dentro da igreja é desesperadora:
– Uma tragédia muito grande, vimos vários idosos baleados em regiões (do corpo) muito graves, como cabeça e pescoço.
Pelo Facebook, a Arquidiocese de Campinas afirmou que a Catedral segue fechada para atendimento às vítimas.
Testemunhas ouviram vários disparos
A gerente de uma loja de alianças que fica perto da catedral ouviu o barulho dos disparos e se assustou.
– Ouvimos muitos tiros, mais de 20. Ouvi, mas não estava entendendo. Só fui entender quando as pessoas entraram correndo e gritando dentro da loja. Vi um senhor, todo ensanguentado, correndo, até que uma ambulância o segurou – disse Patrícia Silvério, 40 anos.
Segundo ela, várias lojas das redondezas fecharam as portas, e uma faixa amarela faz o isolamento do local. Pedro Rodrigues estava dentro da Catedral e viu quando o atirador entrou na igreja e fez os disparos.
– Era hora do almoço e fazia uns 5 minutos que a missa tinha acabado. Ele chegou com a arma em punho e saiu atirando. Sempre pensei que a igreja era um lugar seguro – disse Rodrigues.