O policial civil denunciado pela morte do sargento da Brigada Militar Ariel da Silva, durante uma operação em Gravataí, em dezembro de 2011, foi absolvido sumariamente pela Justiça. Apesar de ter sido marcado júri, a 1ª Vara Criminal do município entendeu não ser necessário o julgamento de Alex Olguerd Danielewicz Filho. Outros dois colegas dele também foram absolvidos em outubro do ano passado. O PM foi morto por engano durante operação contra sequestro de de dois agricultores, que iniciou no Paraná e terminou no Rio Grande do Sul. No mesmo dia, no cativeiro em Gravataí, o refém Lírio Persch, 50 anos, também foi morto por engano pela Polícia Civil gaúcha.
A Justiça, baseada no Artigo 415 do Código Penal, decidiu não realizar o júri e absolver o policial Alex. Dois dos quatro incisos do artigo destacam que a absolvição pode ocorrer se o fato não constituir infração penal e se for demonstrada causa de insenção de pena ou de exclusão de crime. A 1ª Vara Criminal informa que o Ministério Público ainda pode recorrer da decisão. Os outros dois policiais, Cleber Custodio Furquim e João Paulo Heitaro, foram absolvidos pelo fato de não terem disparado contra o PM Ariel. Os três monitoravam uma quadrilha que havia sequestrado dois agricultores paranaenses e que estaria mantendo-os em cativeiro em Gravataí. No entanto, as autoridades gaúchas não teriam sido avisadas sobre a investigação.
Durante a madrugada do dia 21 de dezembro de 2011, o sargento de folga desconfiou de um carro com placas do Paraná parado perto de sua casa. Quando se aproximou do veículo, onde estavam os policiais paranaenses, foi morto com uma rajada de metralhadora. Na tarde do mesmo dia, uma outra equipe discreta do Paraná foi até Gravataí, acompanhada da Polícia Civil gaúcha, em busca do cativeiro. Como a Brigada Militar não havia sido informada da operação, uma viatura abordou os investigadores. No mesmo momento, um carro com os sequestradores foi visto saindo de uma garagem e, na troca de tiros, um dos reféns foi atingido e morto por um disparo do delegado Leonel Carivali, que foi absolvido no ano de 2013.