Há duas semanas, familiares e amigos de Jacir Potrich, 55 anos, fazem buscas em Anta Gorda, no Vale do Taquari. O gerente da agência do Sicredi do município desapareceu em 13 de novembro, da residência da família. O caso é investigado pela Polícia Civil.
— Não vamos desistir de encontrá-lo. Vamos ter que achar esse homem — disse na tarde desta terça-feira (27) a mulher dele, Adriane Balestreri Potrich, 53 anos.
Diariamente, conforme a contadora, buscas têm sido feitas nas proximidades da casa, localizada na área rural de Anta Gorda, em estradas e matagais. Familiares chegaram a oferecer recompensa de R$ 50 mil para quem repassar informações sobre o paradeiro do bancário. Depois disso, foram cerca de cem contatos, entre mensagens e telefonemas, mas nada de concreto foi descoberto.
— Todo dia tem gente procurando por ele. Mas não temos novidade nenhuma, nenhuma pista. Está bem difícil — relata Adriane.
Segundo o delegado Guilherme Pacífico, policiais também seguem vistoriando locais. O açude, perto da casa da família, teve parte da água retirada para permitir que os bombeiros procurassem dentro do local. Como nada foi encontrado, a corporação só deve voltar a fazer buscas caso seja solicitado pela polícia.
Todo dia tem gente procurando por ele. Mas não temos novidade nenhuma, nenhuma pista. Está bem difícil
ADRIANE BALESTRERI POTRICH
Contadora
Uma das hipóteses, que chegou a ser considerada a mais provável pela Polícia Civil, é a de que o gerente tivesse sido sequestrado. No entanto, nenhum pedido de resgate foi feito até o momento.
Quando sumiu, segundo a família, Potrich vestia camiseta clara, bermuda jeans e chinelo. O carro do bancário permaneceu na garagem, com documentos dentro. Apenas o celular teria desaparecido. A Polícia Civil solicita que informações sobre o caso sejam repassadas pelo Disque Denúncia, no número 181.
O sumiço
O sobrinho do casal, de 24 anos, que mora com eles, teria sido o primeiro a perceber a falta de Potrich. A mulher do bancário relatou que o jovem entrou em contato com ela por WhatsApp comentando que o tio não estava na casa, por volta das 20h30min de terça-feira (13).
Adriane disse que imaginou que ele estava em alguma pescaria e só começou a se preocupar na manhã seguinte. Ao tentar falar com o marido por telefone para avisar que estava saindo de Passo Fundo, na quarta-feira (14), a chamada teria caído na caixa de mensagens. No mesmo dia, o desaparecimento foi informado à polícia.
Câmeras
A casa da família está localizada em um condomínio fechado, afastado da área urbana de Anta Gorda, com apenas outras duas moradias. Para chegar até as residências, é preciso passar pela portaria. No entanto, há acesso a pé pela área dos fundos.
Câmeras mostram o gerente chegando ao condomínio às 19h07min de terça-feira (13). Ele entra na casa e passa pela porta dos fundos, com balde, no qual estariam peixes fisgados no açude de um amigo, e um copo. Ele caminha em direção ao quiosque da piscina.
Os peixes foram limpos e guardados na geladeira. A pia, as facas e a tesoura usadas ficaram sujos. Potrich não teria dormido em casa, já que o quarto do casal estava intacto.