A Polícia Civil já ouviu mais de 50 pessoas na investigação do desaparecimento do gerente do banco Sicredi Jacir Potrich, 55 anos. Ele foi visto pela última vez em 13 de novembro ao chegar a sua casa em Anta Gorda, no Vale do Taquari, após uma pescaria. Câmeras de segurança mostram a entrada dele no condomínio fechado onde mora.
Segundo o delegado Guilherme Pacífico, as mais de 50 pessoas foram "entrevistadas" enquanto um número menor foi ouvido em depoimento formal.
— Como há a possibilidade de ele estar vivo, estamos nos concentrando nas diligências — destacou polícia.
A polícia solicitou uma série de análises para o Instituto-Geral de Perícias (IGP) e ainda aguarda retorno do órgão. Entre elas, está a perícia da casa de Potrich com luminol, que pode identificar a presença de sangue ou de outros materiais genéticos.
A investigação também apura o envolvimento de pessoas próximas no desaparecimento.
— Todas as pessoas são alvo de investigação. A gente observa o ambiente familiar, profissional e o ambiente comunitário — detalha Pacífico.
Além da mulher, o homem morava na casa com um sobrinho de 24 anos, da família dela. O jovem se formou em Contabilidade e há poucos meses veio do Mato Grosso do Sul trabalhar no escritório da tia. As câmeras de segurança mostram a chegada dele à casa cerca de uma hora após o desaparecimento do tio.
Já a mulher de Potrich, Adriane Potrich, estava em Passo Fundo, onde reside o filho do casal.
Polícia critica recompensa
Pacífico criticou a decisão da família de pagar uma recompensa de R$ 50 mil por "informações concretas" do paradeiro do bancário. O anúncio foi publicado nas redes sociais do filho dele, Vinicius Balestreri Potrich, na última terça-feira (21).
— Isso mais prejudica do que ajuda. Em locais com disque-recompensa, o trabalho é feito por autoridades e não pelas famílias. — observa o delegado.