A 1ª Vara Criminal de Canoas concedeu liberdade provisória para Paula Caroline Ferreira Rodrigues, 23 anos, que estava detida no presídio feminino de Guaíba. Ela e Juliano Biron da Silva, 35 anos, são acusados de matar em julho de 2015 o fotógrafo José Gustavo Bertuol Gargioni, 22 anos, no município. Os suspeitos teriam feito tiro ao alvo com o jovem antes de executá-lo com 19 tiros. Ela foi presa em janeiro de 2016 em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, um dia depois de Biron, preso na mesma cidade.
Os dois respondem processo que apura crime de homicídio qualificado. Por enquanto, ainda não há data para julgamento, e a Justiça ainda não informou os motivos da soltura da ré. O crime teria como motivação ciúmes de Juliano Biron,que não aceitaria o fato de a companheira manter amizade com outros homens, principalmente com o fotógrafo.
Biron é suspeito, segundo a polícia, de ter movimentado mais de R$ 60 milhões por meio de 88 contas bancárias em nome de laranjas, além de adquirir veículos, imóveis e uma rede de lancherias. Investigado por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, movimentando mais de R$ 2 milhões por mês na época do crime, Biron tinha até uma casa noturna dentro da Arena do Grêmio. Ele foi um dos 27 criminosos transferidos no ano passado para três presídios federais.
Entenda o caso
De acordo com a investigação policial, o crime foi motivado por ciúmes. Por meio de um perfil masculino no Facebook, que usava para se comunicar com José Gustavo, Paula marcou um encontro com o amigo no dia do crime. Quando chegou ao lugar marcado, à noite, ele recebeu uma ligação telefônica dela mudando o local combinado para outro ponto no bairro Igara, em Canoas. José Gustavo deixou seu carro no novo endereço e embarcou no carro da acusada, onde Juliano Biron estava escondido no banco traseiro. Ele foi morto na Praia do Paquetá com 19 tiros. Durante o processo judicial, Paula teve pedidos de liberdade negados pela Justiça.