O assassinato de Fabiane Fernandes, 30 anos, encontrada morta na última quarta-feira (21), perto de uma trilha em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, já teve alguns pontos esclarecidos pela Polícia Civil — mas segue envolto por mistérios. O corpo da administradora foi levado em voo da Gol na tarde de domingo (25) para Florianópolis, em Santa Catarina, onde a gaúcha morava há cerca de 25 anos. O velório e o sepultamento aconteceram no cemitério do Rio Vermelho, no norte da Ilha.
Natural de Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana, Fabiane administrava a pousada da família na Praia dos Ingleses, onde morava com a mãe e o filho, de nove anos. O laudo pericial, que esclarecerá detalhes importantes do assassinato, deve ficar pronto no mês de dezembro.
GaúchaZH reúne abaixo série de pontos sobre o crime conhecidos pela polícia e alguns que ainda não foram esclarecidos.
O que a gaúcha estava fazendo em Arraial do Cabo?
Fabiane estava na cidade da Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, desde 15 de novembro, onde pretendia curtir o feriadão da Proclamação da República. Ela viajou sozinha para encontrar um amigo.
Qual foi a última vez em que ela foi vista?
Em 18 de novembro, a câmera de segurança de uma loja de conveniência registrou Fabiane tomando café. Ela aparece usando boné, tranquila e digitando no celular. Depois de entrar em uma trilha, a última pista deixada pela administradora foi uma foto publicada nas redes sociais, identificando o local como Atalaia. Segundo os bombeiros, isso mostra que Fabiane desconhecia a região, já que ela estaria na trilha da Prainha.
Quem avisou a polícia sobre o desaparecimento da administradora?
O amigo com o qual Fabiane se encontraria informou a polícia sobre o desaparecimento. O homem, segundo a Polícia Civil, é gaúcho, morador de Porto Alegre e tem negócios na Região dos Lagos.
Quando e onde o corpo foi encontrado?
O corpo de Fabiane foi encontrado pelos bombeiros por volta das 15h de quarta-feira (21), na trilha do Morro da Cabocla. Foram três dias de buscas na região até que a encontrassem morta em meio a arbustos, a 30 metros da rota da trilha, nua e com os pertences ao lado.
Como ela foi assassinada?
De acordo com o Instituto Médico-Legal (IML) de Araruama (RJ), Fabiane tinha sinais de golpes na cabeça e no rosto, além de vestígios de violência sexual.
A suspeita é de que ela tenha sido atingida por uma pedra e morrido no mesmo dia em que acessou a trilha. A polícia fluminense não deu detalhes sobre as agressões, pois aguarda o laudo pericial, que deve ficar pronto em dezembro.
Qual a linha de investigação da Polícia Civil?
O delegado responsável pelo caso, Renato Mariano, titular da 132ª Delegacia de Polícia de Arraial do Cabo, não descarta o crime de latrocínio (roubo com morte). Mariano afirma que, por mais que o celular tenha sido encontrado ao lado do corpo, a carteira da vítima estava vazia.
Ela foi vítima de crime sexual?
O laudo cadavérico preliminar realizado pelo Instituto Médico Legal (IML) de Araruama (RJ) afirma que Fabiane foi vítima de violência sexual antes de ser assassinada. O delegado geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Marcos Ghizoni, afirmou que ainda não é possível saber a circunstância do crime e qual foi o abuso cometido.
Quantas pessoas já foram ouvidas?
Os agentes já ouviram pelo menos sete pessoas. Uma delas foi um homem que estava acampando com um amigo na mesma trilha onde Fabiane foi encontrada morta. Ele prestou depoimento e foi liberado.
Já se sabe quem matou Fabiane?
A Polícia Civil de Arraial do Cabo não revela detalhes da investigação e nem revela se já possui suspeitos da autoria do crime.