Devido ao fato de a Justiça ter decretado sigilo na investigação do caso da menina Eduarda Herrera de Mello, nove anos, há poucas informações do que a Polícia Civil investigou até o momento. Além do retrato falado de um suspeito do sequestro, ocorrido no dia 21 de outubro no bairro Rubem Berta, zona norte de Porto Alegre, GaúchaZH apurou que agentes do Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca) repassaram mais de 20 horas de imagens de câmeras no entorno da casa da vítima para a perícia.
Dois peritos seguem analisando há mais de 10 dias esse material, principalmente de uma casa localizada em uma esquina da rua onde Eduarda morava. A residência tem 16 câmeras. Também há equipamentos de outros pontos localizados no entorno da casa da vítima que estão sendo periciados. O objetivo é tentar encontrar alguma imagem do momento do sequestro ou, no mínimo, da movimentação do carro do suspeito. Também estão tentando recuperar imagens perdidas ou com problemas de definição. No entanto, até agora nada relevante foi encontrado. Na segunda-feira, dia 22 de outubro, o corpo de Eduarda foi localizado às margens da RS-118 em Alvorada. Ela morreu por afogamento. Por enquanto, a polícia não pode divulgar se já há um suspeito ou mesmo a possível motivação para o crime.
Uma força-tarefa com investigadores de outras delegacias especializadas está trabalhando no caso. A morte de Eduarda gerou comoção e protestos entre moradores da região. Houve mais de 10 denúncias e até registro de ocorrências sobre desaparecimentos de crianças, mas nenhum fato foi comprovado.