A necropsia feita no começo da tarde desta segunda-feira (22) no corpo da menina Eduarda Herrera de Melo, de nove anos, indica que a causa da morte foi afogamento. A informação é do subchefe da Polícia Civil, delegado Leonel Carivali. Segundo ele, o corpo estava dentro do Rio Gravataí, às margens da RS-118, em Alvorada. A região, conforme o policial, é conhecida como ponto de desova de corpos.
— O afogamento decorre do local em que ela foi encontrada. O corpo estava dentro do rio. Não havia marcas de tiros e nenhuma cápsula de arma de fogo foi encontrada no local — explica Carivali.
Segundo o delegado, uma análise preliminar indicou que não havia sinais evidentes de abuso sexual. No entanto, apenas a perícia vai confirmar se houve ou não crime deste tipo.
No momento, a polícia trabalha com possibilidades, desde abuso sexual até vingança contra algum familiar da menina. O pai dela tem antecedentes criminais e cumpre pena no regime semiaberto.
— Existem linhas de investigação, tanto de algum abuso sexual que tenha acontecido quanto de algum tipo de vingança contra familiares — disse o delegado.
Eduarda desapareceu na noite de domingo (21). Ela brincava na frente a casa, no bairro Rubem Berta, na Zona Norte. De acordo com testemunhas, a vítima teria sido abordada por um homem em um carro escuro. Depois, não foi mais vista. Familiares fizeram buscas durante toda a madrugada. O corpo foi encontrado por volta das 10h por um motorista que parou na RS-118. Ele acionou a polícia.
A Polícia Civil divulgou ainda nesta segunda-feira (22) o retrato falado de um suspeito. A imagem foi feita com base no relato de testemunhas que viram o homem que abordou a menina em frente à casa em que ela morava — último lugar em que foi vista.
A Polícia Civil trabalha também para identificar o homem cujo corpo foi encontrado a cerca de 500 metros do local onde estava o corpo de Eduarda. De acordo com Carivali, não é possível precisar no momento se há ou não relação entre as duas mortes.
— Pode ter alguma relação ou não. Precisamos identificar com mais clareza quem é a pessoa, como ela morreu, para depois ver se há alguma ligação com a morte da menina — finaliza o investigador.