A Polícia Civil busca provas para concluir o inquérito sobre a morte do empresário Gregório Bruschi, sócio-proprietário da rede de supermercados Grepar de Bento Gonçalves, que foi baleado na noite de 6 de setembro e morreu no hospital quatro dias depois. Bruschi foi baleado em uma das seis unidades da rede na cidade, no bairro Botafogo.
Conforme o titular do 2º Distrito Policial de Bento Gonçalves, delegado Álvaro Becker, o suspeito do crime é um homem de 34 anos que estava foragido do sistema prisional e foi capturado há cerca de 10 dias. Segundo o delegado, ele tem condenações por homicídio e roubos.
Becker afirma que a investigação pode ser concluída ainda nesta terça (30). A polícia quer mais provas para aprimorar o inquérito e fornecer mais indícios da autoria do crime. O delegado diz que ainda não há uma conclusão sobre a motivação. Segundo ele, o suspeito ficou em silêncio ao ser interrogado.
Bento Gonçalves soma 44 pessoas assassinadas em 2018, um salto em relação às 34 vítimas registradas em todo o ano de 2017. O delegado afirma que o caso do empresário Gregório Bruschi é um dentre oito inquéritos sobre assassinatos na área da 2ª delegacia que devem ser concluídos em breve. Ao todo, são 19 inquéritos abertos, relativos a 23 pessoas mortas neste ano. Destes, quatro foram concluídos.
Conforme Becker, nos casos ainda não solucionados, a maior dificuldade da polícia segue sendo a falta de testemunhas. Há ocorrências em que o autor do homicídio também foi morto. Mas o trabalho melhorou, segundo ele, após a chegada de um reforço de seis policiais civis especializados na investigação de homicídios, que chegaram de Porto Alegre há duas semanas.
Os seis estão trabalhando no mesmo espaço no 1º distrito policial, mas dividem os inquéritos: três deles trabalham em investigações do próprio 1º distrito e outros três em inquéritos do 2º distrito policial.
No 1º distrito, foram abertos 21 inquéritos relativos a mortes ocorridas neste ano. Destes, três foram concluídos com indicação de autoria e encaminhados à Justiça. A titular da delegacia, Maria Isabel Zermann, afirma que a polícia trabalha para que mais inquéritos sejam concluídos nos próximos 15 dias, período previsto para a permanência dos policiais de Porto Alegre na cidade.
Para se ter uma ideia, o 1º distrito tem ao todo 900 inquéritos, considerando todos os crimes, incluindo roubos, furtos e estelionatos, por exemplo, para uma equipe total de 11 policiais. No 2º distrito, o delegado Álvaro Becker afirma que o volume de inquéritos passa de 1,9 mil, e a investigação fica a cargo de apenas quatro policiais.