Em mais uma etapa da Operação Efeito Colateral, a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) cumpriram na manhã desta quarta-feira (5) seis mandados de busca e apreensão na região de Passo Fundo, no norte do Estado. Esta fase apura a conduta de um médico e de um delegado da própria PF – os nomes dos investigados ainda não foram divulgados porque o inquérito não foi concluído.
A investigação é sobre desvio de verbas superior a R$ 1,2 milhão do Hospital São Vicente de Paulo, em Passo Fundo, por meio de um esquema de corrupção no fornecimento de equipamentos hospitalares.
Segundo inquérito, o delegado federal é suspeito de deixar de investigar fato criminoso requisitado pelo MPF e também de ter recebido valores indevidos, possivelmente desviados da instituição hospitalar. O servidor ainda teria adquirido cotas sociais de uma empresa que atuava no ramo de importação, exportação, distribuição e comercialização de equipamentos hospitalares.
O delegado foi comunicado do fato nesta quarta-feira e está afastado das funções por 120 dias, tendo que entregar arma e distintivo. A PF ainda não repassou mais informações sobre o suposto envolvimento do médico no esquema. Os dois respondem por corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica e associação criminosa.
A primeira fase da Operação Efeito Colateral foi deflagrada em março deste ano, quando havia suspeita de desvio de materiais para uma empresa de fachada em Santa Catarina,. A segunda etapa, em maio, deu continuidade às investigações ao apontar desvio milionário de verbas do setor de oncologia do hospital São Vicente de Paulo envolvendo seis suspeitos, entre eles médicos e empresários que atuam neste ramo.