Depois de deflagrar na manhã desta terça-feira (21) uma operação na Região Metropolitana e na Campanha, a Polícia Civil informou que a quadrilha desarticulada é investigada por mais de 10 ataques a bancos no Rio Grande do Sul e no Uruguai desde o ano de 2016. Nesta terça, foram presos dois suspeitos, em Gravataí e São Leopoldo, e um terceiro segue foragido.
O grupo é investigado por envolvimento em dois roubos a bancos, em Aceguá, na Campanha e em Vespasiano Corrêa, no Vale do Taquari, a uma cooperativa agrícola, a uma lotérica e a uma casa de câmbio, mas pelo menos outros 10 crimes são apurados. A maioria com uso de explosivos ou com uso de maçaricos.
Por enquanto, o delegado João Paulo de Abreu, responsável pela investigação, prefere não dar detalhes pelo fato de que ainda precisa de mais informações para comprovar o envolvimento do grupo. No entanto, diz que no decorrer do inquérito, com o resultado de depoimentos e análises periciais, acredita que terá provas suficientes sobre a participação dos suspeitos.
A quadrilha investigada tem base na Região Metropolitana e agia em todo o Estado. Em agosto do ano passado, os criminosos roubaram uma casa de câmbio no Uruguai. Em outubro, assaltaram um banco e uma cooperativa agrícola em Aceguá, na Campanha. E em maio deste ano, roubaram um banco e uma lotérica em Vespasiano Corrêa.
Na ocasião, dois suspeitos foram mortos em confronto com a Brigada Militar. E um dos integrantes, que constava na lista dos 10 bandidos mais procurados do Estado, foi preso.
Os três estavam com armamento pesado, inclusive um fuzil, coletes balísticos, toucas ninja, e dinheiro. Além deste preso, um suspeito de dar apoio logístico ao grupo e um PM, ligado à quadrilha, também foram detidos.
Nesta terça-feira, foram presos Carlos Alexandre dos Santos Xavier, em Gravataí, e Aldacir da Maia, em São Leopoldo. Este último já havia sido preso pela Polícia Civil em 2015 na cidade de Caxias do Sul, durante confronto.
Dois homens que seriam comparsas dele morreram e várias armas foram apreendidas, inclusive uma metralhadora. O grupo se preparava para atacar um carro-forte na Serra.
A polícia ainda tenta localizar Edison da Luz, que é do Vale do Sinos. Ele tem mandado de prisão preventiva decretada e não foi localizado na operação realizada nesta manhã.
Os dois presos e o foragido têm extensa ficha criminal, com passagens pela polícia por tentativa de homicídio, roubo majorado, sequestro e cárcere privado. Mais de 40 agentes da Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e a Delegacia Especial em Furto, Roubo, Entorpecentes e Captura (Defrec) de Bagé cumpriram 13 mandados de busca e quatro de prisão preventiva. O quarto mandado de prisão foi do PM Renan Machado Gonçalves, já preso em Cruz Alta, e que responde a Inquérito Policial Militar por suspeita de participar da quadrilha.