A Polícia Civil do Rio Grande do Sul realizou, na manhã desta quinta-feira (9), operação em Balneário Camboriú e em Itajaí, em Santa Catarina, para prender três pessoas suspeitas de aplicar golpes em mais de 30 empresários, com pedidos de falsas doações a entidades carentes e filantrópicas. Segundo a investigação, os estelionatários agiam no RS e, depois, se escondiam no Estado vizinho.
A ação coordenada pelo delegado Marco Guns, da Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Informáticos (DRCI) do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), também resultou na apreensão de documentos, celulares e notebooks. O objetivo foi desarticular a organização criminosa, ter uma dimensão dos golpes aplicados e apurar ainda o crime de lavagem de dinheiro por meio de ganhos ilícitos.
— Chegamos até eles após profunda análise, rastreio e monitoramento técnicos de e-mails utilizados pelos respectivos membros como meio de efetivação dos delitos — explicou o delegado.
Durante a ação, também foi detida uma mulher, que estava um dos suspeitos. Ela tinha mandado de prisão por tentativa de homicídio.
Golpe
Durante a investigação, a chamada Operação Impostores revelou que os suspeitos – que ainda não tiveram os nomes divulgados – se passavam por professores, delegados de polícia, assessores parlamentares, secretários municipais, entre outras funções, para pedir cartas de recomendação junto a prefeituras gaúchas, principalmente as de Porto Alegre, Canoas e São Leopoldo. Eles diziam que era para realizar viagens em busca de eventos promocionais para as cidades, como fóruns, seminários e congressos.
Depois, os criminosos procuravam empresários como se fossem voluntários e apresentavam as cartas de recomendação, solicitando apoio para entidades filantrópicas – as doações, contudo, nunca chegavam a essas organizações.
A ação policial teria evitado prejuízos na ordem de R$ 150 mil a R$ 300 mil. No entanto, pelo menos dois empresários foram lesados, mas os valores ainda não foram divulgados. Guns diz que a lavagem de dinheiro seria a continuidade do golpe e, para isso, os criminosos se utilizavam de uma produtora de eventos e shows, que atuava em diversas cidades catarinenses.