O Ministério Público (MP) do Paraná se manifestou nesta sexta-feira (31) sobre o laudo que indica que a advogada Tatiane Spitzner não teria se jogado do prédio por conta própria. A perícia aponta duas possibilidades: queda acidental ou abandono de corpo inerte. Para a Promotoria, o documento é uma prova de que a mulher foi vítima de feminicídio, cometido pelo marido, Luís Felipe Manvailer. As informações foram divulgadas pelo Paraná Portal.
Na nota, o MP afirma que o laudo da reprodução simulada da queda, elaborado pelo Instituto de Criminalística, confirmou a denúncia. Para a Promotoria, o réu Luis Felipe Santos Manvailer jogou Tatiane da sacada do apartamento, cometendo o feminicídio.
"A perícia comprova que a versão apresentada pelo acusado, de que a vítima se jogou, não condiz com a realidade dos fatos, sendo tal hipótese descartada pelo laudo pericial", afirmou o MP.
Os promotores entendem que o professor de Biologia matou a esposa depois de agredi-la. Tatiane foi encontrada morta no dia 22 de julho, após queda do 4º andar no prédio onde o casal morava em Guarapuava, na região central do Paraná.
Imagens das câmeras de segurança do prédio mostram a advogada sendo agredida pelo marido por pelo menos 20 minutos antes da queda. Luis Felipe foi preso no mesmo dia, após se envolver em acidente em uma rodovia. Ele dirigia o carro da advogada e seguia em direção a fronteira com o Paraguai e Argentina. Ele nega as acusações.