Após cinco meses, a não resolução do assassinato da vereadora do PSOL Marielle Franco será cobrada formalmente pela Anistia Internacional nesta terça-feira (14). A entidade anunciou que irá entregar um ofício à Secretaria de Segurança Pública do Rio exigindo uma ação preventiva para que a investigação continue.
"Ainda não temos respostas sobre quem a matou. É grave que se inicie um processo eleitoral sem que se descubra quem são os responsáveis pelo assassinato de uma vereadora em pleno exercício de seu mandato e quais foram as motivações. O início do período de campanha eleitoral levanta a preocupação de que o caso seja negligenciado", afirma Jurema Werneck, diretora executiva da Anistia Internacional.
O documento será entregue ao chefe da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa de Araujo Junior; o secretário de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, general Richard Fernandez Nunes; o interventor federal general Walter Souza Braga Netto; o procurador geral do Ministério Público do Rio de Janeiro, José Eduardo Ciotola Gussem; a procuradora federal dos Direitos do Cidadão Deborah Macedo Duprat de Britto Pereira; e o ministro da Justiça, Torquato Jardim.
Marielle Franco, 38 anos, e o motorista Anderson Gomes foram assassinados a tiros no dia 14 de março dentro de um carro no Rio.