Um taxista de 72 anos foi morto após três homens encapuzados invadirem o sítio em que estava com a companheira, no distrito de Morungava, em Gravataí, na Região Metropolitana. Antes de ser assassinado, Alcedário José de Vargas matou um dos invasores com um tiro na cabeça – ele foi identificado como Anderson Júnior Gonçalves Pedroso, 23. A mulher do idoso foi baleada de raspão, sem gravidade. Ela prestou depoimento ainda na noite de segunda-feira, após o crime.
O delegado Alencar Carraro, titular da 1ª Delegacia de Polícia de Gravataí, não descarta nenhuma hipótese para o crime. Ele não deu detalhes para não atrapalhar as investigações.
– Ainda está tudo muito nebuloso. É uma investigação delicada – afirmou o delegado.
Os outros criminosos não foram localizados pela polícia. Na casa do taxista, conforme o registro da ocorrência, foram encontrados dois revólveres, um calibre 32 e outro 38.
Vítima era um dos taxistas mais antigos de Gravataí
Alcedário tinha quatro filhos de dois relacionamentos anteriores e estava há cinco meses com a atual mulher, 43 anos. Conforme uma das filhas, a dona de casa Adria Santos de Vargas, 25, o pai estaria sofrendo ameaças e chegou a registrar ocorrência.
– Acreditamos em execução, não em roubo. O sumiço de algumas coisas foi para mascarar – estima a filha.
Segundo Adria, a casa já havia sido invadida duas vezes nos últimos meses. Dois dias antes do crime, o casal chegou a se hospedar em uma pousada, com temor das ameaças.
– Ele nunca teve problemas com a Justiça e era amigo de todos. Um dos taxistas mais antigos da cidade, que trabalhou muito para conquistar o que tinha – lamentou.
O idoso e a mulher haviam retornado para casa no dia do crime. De acordo com a filha, o pai acreditava que não seria morto em frente aos filhos da companheira, de oito e 12 anos, que passavam as férias escolares com a mãe. O delegado Alencar não confirma que as duas crianças estivessem no local.
