A motorista de aplicativo morta no início do mês de julho em Mostardas, no Litoral Sul, transportava drogas para uma facção criminosa, segundo a Polícia Civil, que concluiu que Isabel Lazzarin Gonsalves, 29 anos, foi vítima de um acerto de contas.
O delegado André Roese, responsável pela investigação, já ouviu o depoimento de familiares e amigos da vítima, entre outras pessoas, e descartou a hipótese de latrocínio (roubo com morte). Os relatos levaram à conclusão de que Isabel estava fazendo o transporte de drogas para uma facção criminosa que atua na Região Metropolitana e estava agindo no município de Mostardas.
— Ela não tinha antecedentes, mas tem um irmão preso por tráfico de drogas. Os depoimentos que colhemos apontam que ela estava fazendo serviços para essa facção criminosa — disse o delegado.
A perícia confirmou que a vítima foi morta por estrangulamento. Um fio estava enrolado no seu pescoço. Dentro do carro, foi encontrado também um pino usado para armazenar cocaína, que estava vazio. A polícia já possui suspeitos, mas não informa detalhes para não atrapalhar a investigação. Ainda não se tem o número exato de criminosos que teriam participado da ação. Não há prazo para a conclusão do inquérito.
Isabel saiu de casa em Gravataí na noite de 1º de julho para fazer uma corrida. A polícia confirmou que o seu veículo passou pelo pedágio de Águas Claras, na RS-040, naquela noite. O seu carro, um Gol, foi encontrado próximo de uma fazenda em Mostardas na noite seguinte. O corpo estava entre os dois bancos dianteiros, e um deles estava parcialmente queimado.
A vítima deixa dois filhos, de cinco e oito anos.