A Brigada Militar (BM) e a Polícia Civil anunciaram, na manhã desta terça-feira (19), que irão reforçar suas equipes em Viamão, na Região Metropolitana, após a chacina que deixou sete pessoas mortas no limite entre os bairros Augusta e Índio Jari, no final da noite de segunda (18). O objetivo é combater o avanço das disputas entre facções do tráfico de drogas — hipótese principal de motivação para os violentos ataques.
Pela BM, serão enviados policiais do Batalhão de Operações Especiais (BOE), a tropa de elite da corporação. Os números de soldados destinados não foram revelados. Já a Polícia Civil vai mandar cinco agentes para reforçar a Delegacia de Homicídios por pelo menos 15 dias, para dar andamento no inquérito.
Até o momento, nenhum dos autores da chacina foi identificado.
A chacina em Viamão
A chacina que deixou sete mortos em Viamão, na noite desta segunda-feira (18), é a maior já registrada em sete anos na Região Metropolitana, segundo levantamento da editoria de Segurança dos jornais Zero Hora e Diário Gaúcho, iniciado em 2011.
Segundo a Brigada Militar (BM), primeiro houve o registro de tiroteio com um homem morto na Rua Araranguá. Em seguida, outras três pessoas foram mortas na Rua Guarapari, e mais três na Rua Professor Cabral Freitas.
As sete vítimas já foram identificadas. Na Rua Guarapari, em uma casa, foram mortos Douglas da Costa Orguin, 19 anos, Stefânia Carvalho da Silva, 20 e Greice Kelly da Mota Jorge, 28 . Douglas e Stefânia não tinham antecedentes criminais. Já Greice já tinha passagens por tráfico de drogas.
Na Rua Professor de Freitas Cabral outras três pessoas foram mortas, também em uma casa: Graziela da Silva Santos, Frank Bruno e Cintia Fogaça dos Santos. As idades não foram informadas. Já na Rua Araranguá foi morto um homem, reconhecido como Claudio Roberto Gonçalves, 38 anos.