O Ministério Público denunciou, nesta quinta-feira (10), 61 pessoas pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. O grupo foi desarticulado em operação da Polícia Civil no mês passado.
A investigação apurou que a organização, com base em Canoas, na Região Metropolitana, usava violência e até mesmo tortura contra rivais. Desde 2015, o grupo é apontado como responsável por sete homicídios e outras cinco tentativas.
Dos denunciados, 18 estão presos, três em prisão domiciliar, um com tornozeleira e dois foragidos da justiça. Outros dois morreram durante o período da investigação.
O Departamento de Investigações do Narcotráfico (Denarc) ainda apurou que o grupo usava mais de 10 voos domésticos por mês e transporte por ônibus para levar a droga para outras cidades do Estado, além de Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.
Vários tipos de entorpecente eram traficados, mas, principalmente, drogas sintéticas — o que deu origem ao nome da operação, Ajax.
A operação, deflagrada no dia 15 de março, contou com cerca de 350 policiais civis, com apoio de cães farejadores e de helicóptero. Foram cumpridos 89 mandados de prisão e de busca e apreensão em oito cidades. No Rio Grande do Sul, as ações ocorreram na Capital, em Canoas, Nova Santa Rita, Cachoeirinha, Torres, São José do Norte, Pelotas e Guaporé.