Foi indiciada por homicídio qualificado por motivo torpe a madrasta de um bebê que morreu após ter supostamente caído de um colchão, em março, no bairro Glória, em Porto Alegre. De acordo com a delegada Andrea Magno, titular da Delegacia da Criança Vítima do Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca), o inquérito sobre o caso já foi remetido à Justiça:
— (O indiciamento ocorreu) em razão da perversidade, motivo moralmente reprovável, a agressão de um bebê que não podia se defender.
A polícia solicitou a prisão preventiva da mulher, porém o pedido foi indeferido porque a mulher não tem antecedentes criminais, tem residência fixa e se comprometeu em não se ausentar durante o processo de apuração.
A menina estaria sob cuidados da madrasta quando teria ocorrido a queda. O pai estaria trabalhando. A mãe da criança informou a polícia que só soube do trauma pelos médicos e que a suspeita teria ocultado o acidente. Os três, além de médicos do Hospital de Clínicas, foram ouvidos pelos investigadores. A criança morreu um dia depois da suposta queda, quando já estava em atendimento hospitalar. De acordo com a delegada, os médicos informaram que os sintomas apresentados pelo bebê são incompatíveis com a queda relatada pela indiciada. O laudo pericial ainda não foi concluído, no entanto, o atestado de óbito confirmou morte violenta.