O homem apontado como informante do delegado Moacir Fermino, no caso das crianças esquartejadas que foram encontradas em Novo Hamburgo, teve negado o pedido liminar de liberdade enquanto o habeas corpus não é julgado.
Paulo Sérgio Lehmen é réu e está preso por corrupção de testemunhas, por ter, segundo a acusação, induzido outras pessoas a mentir sobre a existência de um ritual satânico.
De acordo com o advogado de Paulo, Juliano Scherer Teles, o mérito do habeas corpus ainda não foi decidido pela 4ª Câmara Criminal. O desembargador relator pediu mais informações ao juiz do 1º grau, antes de colocar o caso para votação da turma.
Em janeiro deste ano, o delegado afirmou ter recebido "revelações divinas" sobre suposto ritual satânico e que profetas teriam indicado os caminhos para a investigação, inclusive apontando quem ele deveria ouvir. Além de Paulo e do delegado, outro policial civil também é réu no processo.
A defesa de Paulo considera a manutenção da prisão "descabida", já que ele é o único preso no processo, e não cometeu crime com violência ou grave ameaça.