Três presos do regime semiaberto suspeitos de serem os responsáveis pelo início das chamas que destruíram o Instituto Penal de Carazinho, no último domingo (25), no Norte gaúcho, foram recolhidos para o regime fechado. A decisão foi autorizada pelo juiz da Vara de Execuções Criminais Guilherme Freitas Amorim, que disse ter indícios em imagens de que o incêndio foi criminoso.
Após o incêndio, presos foram liberados para dormirem em casa pela Justiça, que alegou não ter onde deixá-los. Conforme a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), cinco apenados se aproveitaram da medida e não retornaram, passando agora a serem foragidos.
Foram transferidos para outras cadeias 55 presos, que agora reclamam de ficarem longe da família e, alguns, dos locais de trabalho. Outros 15 foram colocados em um espaço dentro do Presídio de Carazinho, que abrigava uma sala de aula para os detentos do regime fechado.
O diretor do presídio, Éberson Tápia de Oliveira, admite que houve reclamações de alguns detentos por causa das transferências. Alguns apenados foram levados para Santo Ângelo, distante mais de 170 quilômetros. No entanto, para ele, a ação dos próprios presos os prejudicou.
— Já havia o boato deles mesmos e de outros presos que eles tinham colocado fogo para ir para regime domiciliar. Digamos que o tiro saiu pela culatra — relatou o diretor.