A Polícia Civil aguarda o resultado de exames periciais para concluir o inquérito sobre a morte da menina Naiara Soares Gomes, de sete anos. Juliano Vieira Pimentel, 31 anos, confessou ter estuprado e matado Naiara na manhã de 9 de março, em Caxias do Sul. A confissão, inicialmente informal aos policiais, foi depois reiterada formalmente pelo homem em depoimento. Ele está preso temporariamente desde o dia 21 por outro crime, cometido no ano passado
Conforme o titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Caxias do Sul, Caio Márcio Fernandes, a causa da morte de Naiara será determinada pelo laudo oficial de necropsia. O homem relatou à polícia que deu uma bebida alcoólica a Naiara e a levou embriagada para o quarto onde a estuprou. A menina foi morta logo após o abuso sexual.
Antes de concluir o inquérito sobre a morte de Naiara, o delegado pretende finalizar o inquérito sobre um segundo crime pelo qual Pimentel está preso — o estupro de outra menina, em outubro 2017, quando a vítima tinha oito anos. Fernandes não dá prazo, mas afirma que concluirá o procedimento assim que possível.
A partir da conclusão, o delegado afirma que irá encaminhar o pedido de prisão preventiva relativo àquele caso à Justiça. Depois disso, quando concluir o inquérito sobre a morte de Naiara, deverá encaminhar outro pedido de prisão preventiva. A preventiva não tem tempo determinado; já a prisão temporária tem um prazo de 30 dias por se tratar de crime hediondo — o normal seriam cinco —, que podem ser prorrogados por outros 30.
Conforme o delegado, Pimentel deverá ser indiciado por estupro de vulnerável nos dois casos. Em relação à morte de Naiara, ele deverá ser indiciado ainda por homicídio e ocultação de cadáver.
A qualificação do homicídio dependerá ainda dos últimos levantamentos do inquérito. O delegado não descarta que o homem seja ouvido novamente. Se isso ocorrer, o depoimento deverá ser tomado na cidade onde ele está preso, na Região Metropolitana. Fernandes ressalta que a esposa de Pimentel não tinha nenhum conhecimento sobre os crimes. Ela vivia junto com o homem havia mais de 10 anos.