As delegacias de Porto Alegre e da Região Metropolitana têm 93 pessoas sob custódia aguardando vagas no sistema prisional gaúcho. O último levantamento foi feito no final da manhã desta sexta-feira (02) pela Polícia Civil e aponta que a Delegacia de Pronto Atendimento (DPPA) de Canoas é a que concentra maior número: são 23 pessoas vivendo nas quatro celas do local.
Na 2ª DPPA de Porto Alegre, no Palácio da Polícia, está o caso mais duradouro. Um homem capturado, já com condenação por tráfico de drogas, completou nesta sexta 18 dias no local. O prazo máximo legal é de 24 horas sob custódia antes de o preso ser encaminhado a uma unidade prisional.
Os presos em delegacias e viaturas não têm acesso aos direitos mínimos previstos em lei, como cama, espaço para higiene, para alimentação e pátio para tomar sol. A questão do banho é resolvida com galões de água ou mangueiras. Já as refeições são feitas nas celas, com alimentos enviados pela Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe).
Presos em viaturas
Quando as celas das delegacias lotam, os presos são mantidos nas próprias viaturas da Brigada Militar (BM), aguardando vagas. O último levantamento não aponta presos nessas condições. Pela manhã, entretanto, a situação era diferente. Em Alvorada, por exemplo, duas das sete viaturas da BM no município estavam destinadas a abrigar cinco presos.