A Polícia Civil divulgou na manhã desta sexta-feira (19) a prisão de um dos dois suspeitos de matar o jornalista Carol Majewski, de 57 anos, na noite de domingo, na Rua Riachuelo, no centro de Porto Alegre. O preso, com antecedentes criminais por furto, roubo e tráfico de drogas, foi localizado no final da tarde de quinta-feira no bairro Menino Deus. Ele confessou o crime em depoimento, mas disse que o comparsa foi o autor das 30 facadas no pescoço da vítima.
Os dois tiveram prisão temporária decretada pelo Poder Judiciário, que autorizou também buscas e apreensões em locais investigados. Os pedidos judiciais tiveram como base a análise de imagens e depoimentos de testemunhas. A polícia irá divulgar ainda na manhã desta sexta-feira a foto e o nome do segundo suspeito.
O delegado Fernando Soares, que está responde pela 1ª Delegacia de Polícia, confirma que houve latrocínio (roubo com morte). Segundo ele, o jornalista mantinha relacionamento com um dos suspeitos e, no dia do crime, pediu para que este jovem lhe apresentasse a um amigo. No entanto, para Soares, os dois aproveitaram a situação e premeditaram o roubo. Em depoimento, o preso disse que a vítima percebeu que seria roubada durante o encontro e reagiu.
— Foi neste momento que o jornalista acabou sendo executado, nos relatou o depoente — afirma Soares.
A vítima foi encontrada pelo filho no apartamento onde morava, um dia depois do crime. O delegado já havia destacado o fato do jornalista conhecer os criminosos. A principal prova da polícia foi uma imagem do circuito interno de câmeras de segurança do condomínio.
Os suspeitos aparecem no elevador junto com Majewski. Quase uma hora depois, a dupla suspeita sai do prédio com duas mochilas. A perícia confirmou que a morte ocorreu exatamente no intervalo entre as imagens. O filho do jornalista confirmou que as mochilas eram do pai. Os bandidos levaram notebooks, dinheiro e eletrodomésticos do local.
Soares também acredita que um travesseiro teria sido usado pelos suspeitos para sufocar a vítima e evitar gritos durante o assassinato. O apartamento estava bagunçado e havia sinais de luta corporal. Segundo ele, digitais foram encontradas no local do crime e o resultado pericial é aguardado em até duas semanas.
O jornalista trabalhou até 2011 como assessor de imprensa da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Rio Grande do Sul.