Um homem ligado à família, apreciador de música, artes e reservado. Assim amigos definem o jornalista Carol Majewski, 57 anos, encontrado morto em seu apartamento no centro de Porto Alegre.
Ainda tentando assimilar a notícia da perda do filho, o pai falou rapidamente com a reportagem.
— Ano passado, perdi minha esposa, esse ano, meu filho — lamenta, às lágrimas, o advogado Carol Majewski, 87 anos, que tem o mesmo nome do filho.
O caráter reservado de Majewski foi lembrado pelo colega Lauro Rocha, com quem atuou na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do RS nos anos 2000.
— Como ele não era funcionário da OAB, mas de uma empresa terceirizada, tratávamos muito por telefone e sentia que ele era bem introspectivo. Falava muito na família e em visitar os pais — afirma o jornalista de 41 anos.
Rocha lembra que Majewski contou ter feito cursado Artes Cênicas para driblar sua timidez:
— Ele apreciava muito música e rádio. Até acho que se formou em Artes Cênicas.
— Era um cara combativo, com sentido de coletividade muito forte. Preocupado com as minorias e com perfil bastante humanista — complementa o jornalista Moisés Mendes, que trabalhou com Majewski em Zero Hora nos anos 1990.
Até a publicação desta reportagem, não havia data para velório ou enterro do jornalista, que deixa um filho de 24 anos. A Polícia Civil já tem suspeitos do crime, mas até o momento ninguém foi preso.