Depois da prisão do chefe do tráfico da Rocinha, Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, durante ação policial na zona norte do Rio de Janeiro nessa quarta-feira (6), a favela vive clima de tensão, tiroteio e mortes. A polícia não descarta um novo confronto para retomada do controle do tráfico.
Nesta quinta-feira (7), a Secretaria da Segurança do Estado deve pedir transferência do traficante para um presídio federal. A segurança foi reforçada na comunidade, onde dois homens morreram, quarta-feira à noite, após troca de tiros com policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque.
Os dois baleados foram levados para o hospital, mas não resistiram. Os nomes dos mortos não foram divulgados pela polícia. Em buscas na região, os policiais apreenderam duas pistolas, uma granada, munição e cerca de 35 quilos de maconha.
O policiamento continua reforçado nesta quinta-feira (7) na favela, uma das maiores da América Latina. Os confrontos voltaram a se intensificar e a polícia não descarta a possibilidade de uma retomada da disputa entre facções rivais pelo controle dos pontos de venda de entorpecentes.
Pedido de transferência
Em setembro, um conflito entre Rogério 157 e o ex-chefe do tráfico na Rocinha, Antônio Bonfim Lopes, o Nem, provocou uma guerra na comunidade. Comparsas de Nem, que está preso em um presídio federal de Porto Velho, invadiram a favela para expulsar o novo líder.
Considerado um dos criminosos mais procurados do Rio de Janeiro, Rogério 157 foi preso nesta quarta-feira (6) em uma operação das forças da segurança. Ele está preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu. A Secretaria de Segurança acredita que conseguirá autorização do Ministério da Justiça para que o traficante seja transferido ainda nesta quinta-feira a um presídio federal fora do Rio.