Agentes da Polícia Civil fizeram assembleia nesta quinta-feira (5) e determinaram greve da categoria. A ação foi organizada pela Ugeirm Sindicato, entidade que representa os agentes, inspetores, escrivães e investigadores. A greve foi deflagrada devido ao parcelamento do pagamento dos salários dos servidores pelo governo do Estado.
O presidente do Sindicato, Isaac Ortiz, afirmou que serviços básicos serão realizados pelos agentes. Entretanto, a partir da próxima segunda-feira, os profissionais poderão se recusar a participar de operações, ou não executarem algumas tarefas de investigação. As atividades a pleno só deverão ser retomadas no próximo dia 17, quando há previsão de normalização dos serviços.
— Vamos manter os serviços nas delegacias e vamos atender aqueles casos que envolvam crianças, idosos, mulheres e crimes contra a vida. Mas a orientação é para que os agentes não participem das investigações — disse Ortiz.
O risco de que a paralisação prejudique ações policiais preocupa o presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado (Asdep). Segundo Cleiton de Freitas, caberá aos delegados decidir se haverá, ou não, equipe, para executar as tarefas.
— Cada delegado terá que harmonizar a situação dentro de sua delegacia. Alguns colegas de Polícia Civil estão com dificuldades até para irem ao trabalho, então o delegado terá que entender. Temos que ter essa preocupação também — frisou.
O subchefe da Polícia Civil, delegado Leonel Carivali, informou que aguarda a notificação da entidade sindical sobre como os servidores irão proceder durante a greve.
— Ainda não sabemos quais serviços podem ser afetados porque não fomos notificados oficialmente sobre como a greve será executada.
Ainda conforme o delegado, às 14h desta sexta-feira será realizada uma reunião da direção da Polícia Civil para definir as medidas que serão tomadas ao longo da paralisação.