Mapa da violência
Repórteres do Diário Gaúcho monitoram, desde 2011, homicídios e latrocínios (roubo com morte) em na Região Metropolitana. É um trabalho meticuloso, juntos às delegacias da Polícia Civil, mas independente da Secretaria da Segurança.
Agora, os dados específicos da Capital são disponibilizados ao público no Raio X da Violência. Consultando o mapa, que é alimentado todos os dias, é possível identificar os bairros mais violentos e a faixa etária das vítimas.
É um dos levantamentos mais ricos sobre homicídios e latrocínios já realizados na Capital. O trabalho ocupa uma lacuna deixada pelo Estado, que disponibiliza dados oficiais de seis em seis meses, mas não especifica local das mortes, idade ou sexo das vítimas.
— Sem informação, não há democracia plena. A divulgação de dados é fundamental para fomentar soluções e discussões. A transparência é requisito básico para a democracia, que precisa ser feita com a "radicalização" das informações, cada vez menos exclusivas ao poder público, por exemplo — avalia o economista Ely José Mattos, especialista na divulgação e análise de dados públicos.
Não conheço nenhum trabalho parecido na imprensa brasileira.
O mapa foi disponibilizado ao público às 8h de sexta-feira (22) e, desde então, é um dos assuntos mais lidos de GaúchaZH.
Violência na Rocinha
Outro assunto que chamou a atenção dos leitores é a violência na Rocinha, umas das maiores e mais conhecidas favelas do Rio. Após a falência do Estado e o fracasso das UPPs, o Exército prepara-se para intervir na Rocinha, palco de uma guerra entre traficantes e milicianos.
A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que o espaço aéreo no entorno da favela foi fechado nesta sexta-feira (22), por determinação do Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea, do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) da Aeronáutica.
Helicópteros e aeronaves particulares não podem sobrevoar a região. Apenas aeronaves oficiais podem permanecer no espaço aéreo, no apoio às equipes de terra que ocupam a comunidade da Rocinha.