Depois de desarticular uma quadrilha de traficantes que usava grupos criados no Facebook e no WhatsApp para vender e comprar armas, a Polícia Civil divulgou fotos e áudios que comprovam a prática criminosa. Em uma operação deflagrada nesta quinta-feira (28) em 12 cidades do Estado, os agentes cumpriram 37 mandados judiciais, sendo sete de prisão.
Áudios
Em um primeiro áudio divulgado pela polícia, o comprador perde um revólver calibre 38, um “oitão”, como ele menciona:
Nesse áudio, falam sobre a negociação de um quilo de drogas:
Na terceira gravação, traficantes confirmam que maconha não falta:
Nesta gravação, um comprador está interessando em maconha, fumo, como ele chama:
No quinto áudio divulgado pela polícia, traficante oferece munição de pistola 380:
Nesta última gravação, o traficante fala de arma aparentemente especial, com local até para colocar lanterna:
Fotos
São diversas fotos retiradas das conversas em grupos de aplicativos ou de postagens em redes sociais. Em três delas, os suspeitos fazem alerta sobre possível ingresso da polícia em um destes grupos e em outras fazem ironia sobre possível investigação do Denarc.
“Tem que cuida com isso tudo mano uma hora vem polícia e f... nois tudo”
Em vários anúncios de venda, os traficantes oferecem ecstasy, o que geralmente consta como "bala" nas conversas. Também há fotos de LSD, maconha, máquinas caseiras para fabricação de drogas sintéticas e anabolizantes.
Também há fotos de armas, com valores entre R$ 2,4 mil e R$ 6 mil, acessórios para transformar armas curtas em longas, carregadores destacáveis de armas e até munição de fuzil. Os traficantes ainda postavam fotos com grandes quantias de dinheiro e fumando maconha.
Operação Arcano
Depois de sete meses de investigação, com o monitoramento diário das ações e dos contatos de integrantes destes grupos virtuais, a 1ª Delegacia do Departamento de Investigações do Narcotráfico (Denarc) coordenou o cumprimento de 30 mandados de busca e sete de prisão preventiva em Porto Alegre, Canoas, Viamão, Esteio, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Campo Bom, Sapiranga, Montenegro, Capela de Santana, Torres e Tramandaí. Foram identificados 29 suspeitos. Os que não foram presos irão responder em liberdade e podem ser indiciados na conclusão do inquérito.