Uma quadrilha de traficantes se apropriou de grupos criados no WhatsApp e no Facebook para constituir pontos virtuais de venda de ecstasy, maconha, cocaína, drogas caseiras, anabolizantes, munição e armas. Uma investigação da Polícia Civil, que durou sete meses, desarticulou a quadrilha.
Na manhã desta quinta-feira (28), a operação Arcano, da 1ª Delegacia do Departamento de Investigações do Narcotráfico (Denarc), cumpriu 30 mandados de busca e sete de prisão preventiva em Porto Alegre, Canoas, Viamão, Esteio, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Campo Bom, Sapiranga, Montenegro, Capela de Santana, Torres e Tramandaí. A ação é cumprida por 200 policiais e, até as 7h45min, havia prendido seis suspeitos.
Foram apurados locais onde alguns traficantes residem e também locais onde drogas e armas foram negociadas após contatos virtuais.
— São verdadeiros pontos de venda de drogas e de armas, só que virtuais. Eles entraram nos grupos normais de compra e venda de objetos lícitos, se apropriaram e passaram a comandar direcionando o esquema para atos criminosos — ressalta o delegado Mario Souza, diretor de Investigações do Denarc.
Áudios e fotos foram apreendidos. Após a perícia, serão usados também como provas do tráfico e da participação de outros integrantes da quadrilha.