O bioquímico Ênio Luiz Carnetti, acusado de matar a mulher e o filho a facadas em 2012, não participa do julgamento desta segunda-feira. Carnetti esteve na 1ª Vara do Júri de Porto Alegre, mas pediu à juíza Taís Calau de Barros para voltar ao Presídio Central, onde está detido.
Foram arroladas, no total, nove testemunhas: cinco de acusação e quatro de defesa. Os advogados do réu defendem que ele sofre de insanidade mental, tese refutada pela promotoria, que se embasa em perícia feita pelo Instituto Psiquiátrico Forense. O laudo apontou que ele era totalmente capaz de entender o caráter ilícito da sua ação.
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O crime ocorreu em 25 de julho de 2012, na residência da família, no bairro Tristeza, em Porto Alegre. Márcia Cambraia Calixto Carnetti, 39 anos, e o filho do casal, Matheus Calixto Carnetti, cinco anos, foram mortos a facadas. No dia seguinte, o réu tentou suicídio pulando da ponte do Guaíba, mas foi resgatado por pescadores. O pai de Márcia, com lágrimas nos olhos, diz que espera que o ex-genro pegue pena máxima.
– Ele é um cara dissimulado – afirmou João Calixto.
Carnetti é acusado de duplo homicídio qualificado. As qualificadoras são por motivo torpe, no caso do crime contra a mulher, e por dificultar a defesa da vítima, em relação à acusação de assassinato do filho.