Mulheres de policiais militares de Minas Gerais marcaram para esta sexta-feira uma manifestação em frente ao 5º Batalhão da corporação, no bairro Gameleira, na região oeste da capital.
O protesto é por reajuste salarial e tenta ganhar força com o momento vivido pelo Estado vizinho, o Espírito Santo, onde desde a última sexta-feira, mulheres de policiais militares acampam na portão dos batalhões, o que estaria impedindo a saída dos guardas para patrulhamento das ruas. Também no Espírito Santo, a manifestação é por aumento de salário.
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O deputado estadual Sargento Rodrigues (PDT), ex-policial militar, afirma que a insatisfação das tropas é grande.
– Amanhã vamos discutir o que será feito – afirmou o parlamentar, que faz oposição ao governador Fernando Pimentel (PT).
Já o deputado estadual Cabo Júlio (PMDB), que faz parte da base do governo, acredita que a manifestação será um fracasso.
– São mulheres de policiais reformados, que já não estão nas ruas há muito tempo.
– Além disso, não irão nem dez pessoas a essa manifestação – disse.
No início do ano, o governador Fernando Pimentel trocou o comandante da Polícia Militar. O coronel Helbert Figueiró de Lourdes assumiu o cargo em substituição a Marco Antônio Badaró Bianchini que, conforme informações do governo de Minas, se licenciou da carreira.
Na última terça-feira e na quarta, Pimentel esteve nas cidades de Ipatinga (Vale do Aço), Governador Valadares (Leste) e Teófilo Otoni (Vale do Mucuri), entregando viaturas para batalhões da PM. As três cidades estão na porção leste de Minas, que faz divisa com o Espírito Santo. Na passagem pela região, fez fotos com policiais, que foram postadas nas redes sociais, e elogiou a corporação. Disse ainda não querer que a situação vivida pelo Estado vizinho se repita em Minas.
– Nós temos a melhor Polícia Militar do Brasil. Isso é um patrimônio de Minas Gerais. Temos de manter assim. Uma polícia bem equipada, bem organizada, motivada e bem remunerada.
– Estamos assistindo em Estado vizinho nosso, irmão nosso, que é o Estado do Espírito Santo, cenas terríveis de violência, de colapso do serviço público de segurança. Não estamos aqui atribuindo culpa, mas é um quadro devastador, que não queremos que se repita em lugar nenhum, principalmente em Minas Gerais – disse.
*Estadão Conteúdo