A Polícia Civil realiza buscas desde o início da manhã desta segunda-feira na expectativa de localizar o aposentado Luís Carlos Protti, 75 anos, sequestrado na quarta-feira da semana passada, no bairro Bom Jesus, na zona leste de Porto Alegre.
Três pessoas já estão presas por suspeita de envolvimento no crime.Familiares de Protti estão na expectativa de que ele seja encontrado com vida.
Desde o dia do sequestro, a apreensão tem sido constante, principalmente para uma filha e um neto que moram com ele. Protti, que é aposentado da CEEE, foi visto conversando com uma mulher em um bar próximo a sua casa, e depois desapareceu.
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Desde então, os possíveis sequestradores fizeram saques bancários e compras com seus cartões de crédito, em um total de R$ 7 mil. O carro do aposentado, um Uno, foi localizado nos dia seguinte.
Por meio do monitoramento das movimentações bancárias e de crédito do idoso, a polícia chegou a Giane Gabriela Correa, 24 anos. Ela teria sido a responsável pela abordagem ao idoso e, sob o pretexto de necessitar de uma carona, o atraído.
Giane e outra mulher foram presas na sexta-feira. Ambas confessaram participação no crime. No sábado, foi preso Emanuel Nunes Correa, 26 anos, companheiro de Giane e suspeito de ser o mentor do sequestro.
De acordo com a polícia, Correa tem condenações por assaltos até 2023 e estava em liberdade condicional. No total, já foram presas quatro pessoas por suspeita de participação. Uma mulher já foi liberada.
O sequestro, pelo o que apurou a polícia, foi motivado por dívidas que um dos sequestradores teria com traficantes.
Locais
De acordo com o delegado Marco Antônio Duarte de Souza, que comanda as investigações, a polícia esteve nessa segunda-feira em locais que poderiam ter sido usados como cativeiro, em Viamão e Alvorada. Principalmente um depósito desativado, apontado por um dos suspeitos. Mas não houve progressos nesse sentido.
– Fomos lá e não encontramos nada. Voltamos a interrogar o suspeito, e ele apontou o mesmo local – disse o delegado.
Souza comentou ainda que foram feitas diligências em emergências de hospitais.
– Seguimos com as buscas. Queremos dar uma resposta à família o quanto antes – complementou o delegado.