Os dois empresários presos temporariamente pela morte do corretor de imóveis Júlio César da Silva, 28 anos, de Sapiranga, negam a participação no sequestro e assassinato. O crime ocorreu no dia 22 de novembro. O corpo da vítima foi encontrado dias depois em um terreno baldio de Estância Velha, e a família recebeu a confirmação da identidade no último sábado.
Dois garçons, pai e filho, também estão presos, mas a polícia acredita que eles não tenham participado. Os dois haviam sido detidos após a investigação rastrear que ligações telefônicas foram feitas a partir do telefone deles. No avançar no inquérito, os policiais entenderam que os aparelhos apenas foram usados pelo articulador do sequestro.
O motivo para o sequestro e homicídio é financeiro, segundo o delegado Fernando Branco. "É ganância por dinheiro. Queriam tirar dinheiro do pai da vítima, que é um homem de muitas posses. Sem dúvidas é motivo financeiro", afirma o delegado.
Um dos empresários trabalha no setor da construção Civil. O outro tem uma empresa de reboque de veículos. No entanto, o delegado diz que os dois estão envolvidos em atividades ilegais, como jogos de azar e agiotagem. Um deles é de Sapiranga e outro de Campo Bom, e não tiveram os nomes divulgados por serem presos temporários.
Resgate da vítima morta
Os empresários pediam um valor de R$ 1 milhão para o pai do jovem para o resgate. O montante exigido chegou a ser reduzido para R$ 50 mil dias depois. No entanto, embora o resgate fosse cobrado, a Polícia Civil identificou que a vítima foi morta logo após ser sequestrada. Falta ainda descobrir quem rendeu o corretor de imóveis e foi o autor dos disparos que o mataram. Além disso, saber o motivo de ele ter sido morto, já que, segundo o delegado, se trata de um caso atípico.
"Não é normal a vítima morrer em caso de sequestro. Normalmente, a vítima retorna para casa com vida. Dessa vez foi diferente".
Os próximos passos da apuração são tratados como sigilosos pelo delegado.