A falta de vagas no sistema prisional do Rio Grande do Sul faz com que guardas municipais, policiais militares e policiais civis sejam deslocados do trabalho para fazer a custódia de presos em delegacias. Nesta quinta-feira (20), dois presos estão há mais de 20 horas dentro de uma viatura da Brigada Militar, no lado de fora da 3ª Delegacia de Plantão, em Porto Alegre.
Na carceragem do Palácio da Polícia, são 19 presos. Alguns deles há cinco dias. Três permanecem na unidade de triagem, sendo custodiados pela Brigada Militar. Também há registro de presos no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), desde o dia 14 de outubro.
Segundo o diretor das delegacias de plantão, delegado Marco Antônio de Souza, o trabalho das equipes que fazem investigação preliminar, no local do crime, está prejudicado, porque os policiais das equipes volantes são deslocados para cuidar dos presos. Agentes do Grupo de Operações Especiais, que fazem o cumprimento de mandados, também estão com atuação prejudicada.
Contatada pela reportagem, a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) afirma que monitora vagas, mas reconhece a superlotação. O órgão espera conseguir resolver o problema ainda hoje.