Em um cenário em que efetivo policial se tornou artigo escasso, e no qual ladrões ficam pouco tempo na cadeia, os roubos com morte assustam: o aumento de 35% no semestre se traduz em vidas trocadas por celulares, carros e outros bens materiais.
Zero Hora consultou especialistas em busca de medidas que possam diminuir o problema, já que mais investimentos públicos e mudanças na legislação não acontecem no curto prazo. Além de medidas que o próprio Estado pode tomar com poucos recursos, eles sugerem posturas individuais de prevenção – a serem tomadas pelo cidadão – e táticas que podem ser utilizadas pela comunidade. São maneiras baratas de corrigir vulnerabilidades de estrutura e procedimentos.
Adriano Klafke, tenente-coronel da BM e especialista em gestão no setor de segurança, atuou como secretário de Segurança Pública e Cidadania do município de Canoas. Ele compilou manual de procedimentos, com base em cursos de gerenciamento de risco ministrados por australianos e neozelandeses, além de entrevistas pessoais com vítimas de crimes.
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– Não significa, de forma alguma, transferir responsabilidades, mas, diante do cenário, é necessário (que o cidadão se precaveja) – justifica Klafke.
Carlos Alberto Pereira Portolan, instrutor de defesa pessoal e ex-segurança da presidência do Tribunal de Justiça, concorda:
– Existem cuidados simples que o cidadão pode tomar, sem depender do Estado.
Confira, abaixo, as sugestões dos especialistas
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