A 1ª Delegacia de Polícia Civil, em Santa Maria, concluiu o caso do senegalês que foi queimado em Santa Maria. Ninguém foi indiciado pelo crime, o que significa que não foram apontados responsáveis pelo delito. O caso foi remetido à Justiça Estadual. As informações são do Diário de Santa Maria.
No início de setembro, Cheikh Oumar Diba teve queimaduras nas pernas e disse a moradores que tinha sido queimado e também furtado. Dias depois, a polícia descobriu que o roubo não existiu e que o imigrante não tinha os pertences mencionados: uma maleta com relógios, R$ 500 e um par de tênis. Os policiais também descobriram que Diba mentiu para a polícia quando apontou um lugar na av. Rio Branco como o local onde teria dormido naquela noite. Na verdade, ele passou a noite dentro de um vagão de trem.
Mas, segundo o delegado Carlos Alberto Dias Gonçalves, foi exatamente sobre como ocorreram as lesões no imigrante que a polícia não conseguiu chegar a uma conclusão. Não foi possível reunir provas de que os ferimentos foram causados por outras pessoas que teriam ateado fogo no colchão em que ele dormia, ou se o próprio Diba fez uma fogueira dentro do vagão, numa tentativa de se aquecer (fazia muito frio naquela noite) e, com isso, as chamas teriam atingido o colchão, por acidente.
Um laudo de corpo de delito do Posto Médico-Legal confirmou as queimaduras de primeiro grau em Diba, e um laudo de análise dos locais feitos pela Polícia Federal comprovou que as queimaduras ocorreram no interior do vagão.
No relatório enviado à Justiça, são considerados depoimentos de testemunhas que disseram que Diba havia ingerido bebida alcoólica naquela noite. Depois de ser distribuído para uma das varas criminais do Fórum de Santa Maria, o inquérito deve ter um parecer do Ministério Público, que pode pedir mais investigações à polícia ou arquivar o caso.