Servidores da Justiça Estadual e Federal realizaram protestos ao longo do dia em Porto Alegre contra o pagamento do auxílio-moradia a todos os magistrados brasileiros. Pela manhã, servidores do Judiciário gaúcho realizaram manifestação em frente ao prédio novo do Foro Central. No local, portavam cartazes e entregaram panfletos para quem passava.
À tarde, o grupo se uniu aos servidores da Justiça Federal que protestava em frente ao Tribunal Regional do Trabalho, na Avenida Praia de Belas. De lá, cerca de quatrocentas pessoas seguiram em caminhada até a frente do Tribunal de Justiça, na Avenida Borges de Medeiros, onde encerraram a manifestação no fim da tarde. O secretário-geral do Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado, Davi Pio da Silva Santos, considera um absurdo o pagamento de mais de R$ 4 mil para cada juiz.
"O auxílio-moradia é escandalosamente injusto e desnecessário. É imoral e uma vez que concedido no canetaços, ele também é ilegal, porque sequer conta com a previsão orçamentária", sustenta o sindicalista.
No fim do mês passado, a administração do Tribunal de Justiça confirmou que começará a pagar o auxílio-moradia para todos os juízes e desembargadores em atividade na folha de pagamento de outubro. O Tribunal admitiu que terá de cortar gastos para poder pagar o benefício.