O terceiro ataque a uma mesma agência bancária de Farroupilha apenas neste ano mostra uma nova forma de atuação dos criminosos que agem em bancos na Serra. As quadrilhas têm deixado de utilizar explosivos, armas e reféns para utilizar maçaricos e também fios que puxam os envelopes dos caixas eletrônicos. A Serra já registrou 17 ataques a banco neste ano. Em todo o ano passado foram 15 ataques.
Na madrugada desta terça-feira (02), um caixa eletrônico da agência do Santander, no centro de Farroupilha, foi arrombado com maçarico. Não há confirmação do valor levado do caixa. Em janeiro, houve uma tentativa de furto com um pé de cabra e, em março, os criminosos perceberam a aproximação da Brigada Militar e desistiram do crime. Em abril, dois suspeitos foram detidos quando tentavam furtar envelopes do caixa eletrônico. Na semana passada, dois caixas eletrônicos do Banco do Brasil foram arrombados com o uso de maçarico em Bom Jesus.
Para o comandante da Brigada Militar na Serra, tenente-coronel Leonel da Silva Bueno, a migração para esse tipo de ataque se deve ao fato de que essa maneira de arrombamento resulta em uma pena menor, caso os criminosos sejam pegos, porque não há a o uso de armas e nem de violência.
"Se não houver arma com os indivíduos, a pena é bem menor. O arrombamento ocorre na calada da noite, não há, violência, é um crime seilencioso, com poucas provas", diz o comandante.
Em março, a Brigada Militar prendeu quatro suspeitos do arrombamento de caixas eletrônicos do Banrisul de Ipê. Essa quadrilha era de Santa Catarina. Em julho, sete suspeitos de ataques a bancos foram detidos no loteamento Victório Trez, em Caxias do Sul. Os suspeitos dos ataques mais recentes são grupos da região serrana.