Uma pesquisa apresentada nesta terça-feira, na reunião anual da Associação Americana de Cientistas Farmacêuticos (AAPS, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, mostra que, embora a forma mais comum de transmissão do vírus da zika seja através da picada do Aedes aegypti, cientistas acreditam que ele pode ser transmitido se um indivíduo for furado com agulha infectada ou se tem um corte aberto e entra em contato com o vírus vivo. As informações são do jornal O Globo.
Conforme o entendimento dos cientistas, o vírus pode sobreviver por pelo menos oito horas em superfícies duras não porosas, como agulhas. Ainda segundo a pesquisa, houve pelo menos um caso documentado de zika adquirido dentro de um laboratório de coleta de sangue.
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Para o mesmo estudo, foram realizados testes com soluções comumente utilizadas em laboratórios e outros ambientes clínicos, como álcool isopropílico, lixívia diluída, amônio quaternário/álcool, ácido peracético e soluções de pH 4 ou pH 10. O resultado mostra que, quando o vírus estava em um ambiente sem sangue, essas substâncias foram eficazes para inativá-lo. Entretanto, em ambientes onde o zika estavam associados com sangue (como uma pia suja de sangue), nem alvejantes nem ácido paracético se mostraram eficientes para matar o vírus.
– A boa notícia é que descobrimos que os desinfetantes, como álcool isopropílico e amônia quaternária, geralmente são eficazes para matar o vírus neste tipo de ambiente (com sangue) e podem fazê-lo em cerca de 15 segundos – explica o principal pesquisador do estudo, Steve Zhou, diretor de virologia e biologia molecular dos Laboratórios Microbac.