Crianças pequenas que convivem com cachorros têm menor probabilidade de desenvolver asma, segundo um estudo sueco publicado na revista americana JAMA Pediatrics.
Pesquisadores do Instituto Karolinska, de Estocolmo, concluíram que a exposição a cães no primeiro ano de vida reduz em 15% o risco da doença durante a infância. O estudo reuniu dados de mais de um milhão crianças nascidas entre 2001 e 2010 na Suécia.
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- Sabemos que crianças que têm alergia a gatos ou cães devem evitá-los, mas os nossos resultados também indicam que aquelas que crescem com cães têm os riscos de asma reduzidos - diz Catarina Almqvist Malmros, pediatra do hospital infantil de Astrid Lindgren e professora no Departamento de Epidemiologia e Bioestatística Médicas do Instituto Karolinska.
A pesquisa aponta ainda que viver em uma fazenda, em contato com diversos animais, diminui o risco de asma em 50%.
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Na Suécia, cada visita a um médico especialista e cada prescrição são registradas em uma base de dados nacionais, acessível para pesquisadores. O registro de posse de cão é obrigatório no país desde 2001. Os cientistas utilizaram esses dados para investigar se ter os pais registrados como donos de cachorro ou animal de fazenda estaria associado ao diagnóstico tardio de asma na infância.
- Pelo que acreditamos ser a primeira vez no país, nós fornecemos evidências de um risco reduzido de asma infantil em crianças de seis anos expostas a cães e a animais de fazenda. Essa informação pode ser útil para famílias e médicos decidirem sobre quando e como expor crianças a animais - conclui o estudo.
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