Sentar no chão e levantar-se sem a ajuda das mãos. A aparência que o abdômen ganha ao fazer esse exercício simples ajuda a identificar um problema comum, porém pouco conhecido pela população, que afeta principalmente mulheres no pós-parto. Em entrevista ao programa Esporte Espetacular, da Rede Globo, a cantora Sandy contou que desenvolveu diástase - condição fisiológica caracterizada pelo afastamento dos músculos do abdômen (uma espécie de linha afundada) - após ter dado à luz o filho Theo, fruto de seu relacionamento com o músico Lucas Lima.
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- Diferentemente de uma hérnia, que é uma ruptura na parede abdominal, a diástase ocorre quando a distância entre os dois músculos do abdômen ultrapassa dois centímetros, medida máxima considerada normal - explica Marcos Rosa, ginecologista e supervisor do Serviço de Maternidade da Santa Casa de Porto Alegre.
O especialista diz que, em geral, toda gestante termina a gravidez com um pouco de afastamento. No entanto, enquanto o tamanho do espaço pode ser extremamente exagerado para algumas mulheres devido à força que o útero aumentado exerce na parede abdominal durante a gestação, outras mães - normalmente aquelas que já têm o abdômen mais rígido - apresentam mais resistência a desenvolver o incômodo estético, caracterizado por uma linha afundada que vai do peito até o umbigo.
Embora os sinais físicos da condição possam assustar as futuras mamães, a diástase não está associada a dor e pode ser percebida com exercícios de força abdominal. Contudo, mulheres que já tiveram diástase têm mais risco de desenvolvê-la novamente em gestações futuras.
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Na maioria dos casos, o deslocamento regride normalmente. Mas, se isso não acontecer, o espaçamento que separa os dois lados da musculatura pode ser corrigido com exercícios abdominais para fortalecer a região (tratamento recomendado para Sandy) ou com intervenção cirúrgica, em situações mais graves.
- Não sei se isso aconteceu porque eu sou pequena e o Theo é grandão - brincou a cantora, ao comentar sobre as causas do problema com a apresentadora Fernanda Gentil.
De acordo com Marcos Rosa, Sandy pode estar certa, já que tanto o porte físico da mãe quanto o tamanho do bebê estão entre as principais causas da diástase. Predisposição da própria mulher à complicação, gestação múltipla e excesso de peso também influenciam. Mas o médico alerta: manter uma alimentação balanceada e praticar atividades físicas antes e depois da gestação podem evitar a diástase e ainda diminuir o risco de doenças como o diabetes gestacional, que pode prejudicar também a saúde do recém-nascido.
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