Pesquisadores do Reino Unido descobriram que pessoas com histórico de doenças cardíacas apresentaram ossos mais fracos. Essa conclusão sugere que problemas de coração podem estar relacionados também à osteoporose, condição caracterizada pela redução da resistência dos ossos, tornando-os mais vulneráveis a fraturas. A doença acomete principalmente pessoas idosas.
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Para a experiência, pesquisadores da Universidade de Southampton utilizaram uma técnica de escaneamento avançada para observar as múltiplas camadas do osso do pulso de voluntários. Segundo a equipe, a análise pode ser comparada com uma impressora 3D, que é capaz de construir camadas de um objeto.
Cerca de 350 homens e mulheres, com idades entre 70 e 85 anos, participaram dos testes. A conclusão mostra que a densidade mineral óssea foi identificada em menor quantidade nas pessoas com histórico de doenças cardíacas coronárias. Essa relação foi mais visível nas mulheres, apontam os especialistas.
Os resultados foram publicados nesta terça no Osteoporosis International.
Cyrus Cooper, pesquisador da Universidade de Southampton, afirma que esse foi um dos primeiros estudos que usou essa tecnologia para explorar a geometria e densidade óssea em pacientes com problemas de coração. De acordo com o especialista, embora os resultados foram satisfatórios, mais pesquisas são necessárias para fornecer uma melhor compreensão de mecanismos que relacionam as duas condições.
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De acordo com dados do Ministério da Saúde, em torno de 30% dos idosos sofrem fraturas decorrentes de pequenas quedas. Uma das principais causas desse problema é a osteoporose, condição que atinge cerca de 10 milhões de pessoas no país. De acordo com a Fundação Internacional de Osteoporose, a incidência deve crescer 32% até 2050 em todo o mundo.
Além disso, um estudo apresentado no Congresso Mundial de Osteoporose, Osteoartrite e Doenças Musculoesqueléticas, em 2014, na Espanha, afirmou que, quanto mais tempo é dedicado pelos jovens em frente à TV ou ao computador no fim de semana, menor é o desenvolvimento ósseo e maior a predisposição à osteoporose no futuro. Os resultados sugeriram que o sedentarismo pode ter impacto sobre a baixa densidade óssea deles.