Os resultados de um estudo espanhol, publicados no JAMA Internal Medicine, apontam que complementar uma dieta mediterrânea com azeite de oliva e frutos secos, os "nuts", pode trazer benefícios para a função cognitiva de pessoas mais velhas.
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O estresse oxidativo - incapacidade do organismo para se desintoxicar corretamente - tem desempenhado um papel importante no declínio cognitivo. Evidências anteriores já sugeriram que seguir uma dieta mediterrânea, além de ser benéfico para a função cognitiva, pode reduzir o risco de demência. Mas, recentemente, pesquisadores do Hospital Clínic, de Madri, realizaram um estudo observacional para investigar esse tipo de dieta quando adotada junto ao consumo de azeite de oliva extravirgem e de frutos secos.
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Voluntariamente, 447 idosos com boa saúde mental participaram do estudo, sendo diagnosticados com alto risco cardiovascular. Todos os participantes foram submetidos a adotar uma dieta mediterrânea. Entre eles, 155 complementaram os novos hábitos alimentares com azeite de oliva e 147 consumiram, pelo menos, 30g por semana de uma mistura de nozes, avelãs e amêndoas. O restante seguiu uma dieta de controle com baixo teor de gordura. Além disso, os pesquisadores observaram, no decorrer de quatro anos, o desenvolvimento mental dos idosos por meio de uma bateria de exames neuropsicológicos.
Em comparação ao grupo da dieta de controle - na qual foi constatada uma deterioração cognitiva do longo do tempo - os dois outros grupos apresentam melhoras significativas em relação à cognição. Os resultados apresentados são independentes de variáveis como a idade ou o sexo.
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- Em uma população mais velha, uma dieta mediterrânea suplementada com azeite de oliva e frutos secos pode atrasar o declínio cognitivo referente ao avanço da idade - afirma Emilio Ros, um dos autores do estudo.
A falta de tratamentos eficazes para esse tipo de problema indica a necessidade de se adotar estratégias de prevenção para retardar ou minimizar os efeitos dessas condições. Os pesquisadores acreditam nos resultados encorajadores que descobriram, mas ainda pretendem desenvolver mais pesquisas para investigar a relação entre esses hábitos alimentares e a função cognitiva.